sábado, 20 de dezembro de 2014

Resenha: Maze Runner – Correr ou Morrer, de James Dashner


Livro: Maze Runner: Correr ou Morrer
Serie: Maze Runner
Autor: James Dashner
Editora: Vergara & Riba
Ano: 2010
Páginas: 428
ISBN: 9788576832478
Sinopse: Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho.
Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo.
Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito.

Já faz alguns meses desde que li esse livro, mais precisamente antes do filme ser lançado, mas o tempo não me tinha dado trégua para escrever a resenha, por isso só estou fazendo isso hoje.

Correr ou Morrer, é o primeiro livro da quadrilogia Maze Runner, escrita pelo autor James Dashner. 


A história começa quando Thomas chega, por um elevador de carga, a uma clareira cercada por uma muralha enorme, cheia de garotos em diversas idades com algo. Por algum motivo que ele desconhece, não se lembra de nada que lhe ocorrera até então. A única lembrança concreta que possui é a do seu nome. Confuso e cheio de perguntas, Thomas logo percebe que não vai ser nada fácil obter respostas. Além dos demais garotos não darem tanta atenção às suas dúvidas, Thomas se sente estranho. De algum jeito ele se sente familiarizado com o ambiente, como se já tivesse estado ali. Isso faz com que ele se sinta capaz de ajudar de alguma forma a desvendar o labirinto que cerca a Clareira, integrando o grupo de Corredores. Eles são responsáveis por passar o dia no labirinto observando os caminhos e as mudanças dele, para à noite mapeá-lo e quem sabe conseguirem sair daquele lugar. 

O que ninguém esperava era que, após a chegada de Thomas, tantas mudanças fossem acontecer. No dia seguinte a chegada dele, um caso inusitado acontece, a primeira garota em dois anos chega à Clareira, causando reboliço ao dizer uma frase antes de cair desmaiada: “Tudo vai mudar”. E é então que a história “se desenvolve”. 

De fato, muitas coisas começam a acontecer uma atrás da outra. Porém eu não consegui me prender tanto na trama, quanto eu esperava. Até a aparição de Teresa, a história estava muito lenta, e nada acontecia. Até mesmo um pouco depois da aparição dela, a história parecia ainda não sair do lugar. Isso muda na segunda metade do livro, mas ainda assim, não me prendi tanto quanto eu esperava. 

Enquanto o movimento era escasso, o mistério se fazia presente em cada página. As dúvidas de Thomas e dos garotos da Clareira acabam se tornando as dúvidas do leitor. Por que eles estão ali? O que aconteceu com suas famílias? Como eram suas vidas antes? E principalmente, quem os colocou ali e como eles sairiam? Confesso que essas dúvidas foram o principal motivo para impulsionar a minha leitura. Infelizmente, nenhuma das respostas que eu esperava encontrar estavam no final no livro. Pelo visto as respostas ficaram para o próximo livro. 

Felizmente, se a história em si não me agradou muitos, os personagens compensaram na balança. Thomas, com a sua curiosidade e vontade de responder as mil perguntas que se formavam em sua mente, impulsionavam os momentos de agitação da história. A garoto tem o dom de desobedecer e causar confusão. Mas embora eu tenha adorado o protagonista, os personagens que mais destacaram foram os secundários. Newt, Minho e Chuck são cativantes e ajudam, cada um à sua maneira, Thomas a se adaptar à nova vida. Alby, embora se mostre sempre muito rígido e sério também cativa o leitor. E como em toda história, não poderia faltar um personagem do contra, que não gosta do protagonista e está sempre batendo de frente com ele. Gally faz esse papel como ninguém, mas mesmo assim, não deixa de agradar. Já a Teresa não funcionou muito. Achei ela um tanto apática na história, mesmo sendo importante para a o desenrolar da trama. 

Mesmo com algumas ressalvas, eu gostei de Maze Runner, mas confesso que eu estava cheia de expectativas que acabaram não sendo correspondidas totalmente. O livro é bom, diferente e original, deixa muitas lacunas e perguntas sem respostas, numa trama que não sai muito do lugar. O jeito é esperar que a sequência seja mais esclarecedora e movimentada. 

“Naquele exato momento Thomas tomou uma decisão. Esquecer todas aquelas coisas estranhas. Esquecer todas as coisas ruins. Esquecer tudo. Não desistiria enquanto não desvendasse o enigma do labirinto e encontrasse o caminho de volta para casa.”

Um comentário:

  1. Adorei a resenha, mas sabe aquele tipo de livro que não "te chama" pra ser lido?! Não consigo de jeito nenhum me interessar por ele! http://www.mundoemcartas.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir