Trilogia: Divergente
Editora: Rocco
ISBN: 978-85-7980-131-0
Páginas: 504
E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
Estou aqui com essa resenha para dizer que finalmente me
rendi ao apelo revolucionário das distopias. E nada melhor do que começar com
Divergente, primeiro livro da trilogia escrita por Veronica Roth e que chegará
aos cinemas em março de 2014.
Editora: Rocco
ISBN: 978-85-7980-131-0
Páginas: 504
Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.
A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
A minha história com o livro começa quando, depois de tanto
ouvir pessoas a minha volta falar dele, eu entro na livraria e como quem não
quer nada, começo a lê-lo e me apaixono por esse mundo de facções. Vou explicar
melhor.
Divergente é narrada pela personagem Beatrice Prior, ou
simplesmente Tris, e se passa num sociedade diatópica, que após uma guerra que
abalou a sociedade resolve se reconstruir dividindo-se em 5 facções: Amizade,
Franqueza, Erudição, Audácia e Abnegação.
Tris nasceu na Abnegação e, mas como todos os jovens, ao completar 16
anos, ela passa por um teste no qual lhe deveria revelar a qual facção ela se
encaixa. Seu resultado lhe mostra que ela é uma divergente, ou seja, possui
aptidão para mais de uma facção – Abnegação, Audácia e Erudição – e ela tem que
manter esse segredo, pois se alguém descobrir, ela correrá perigo. No dia de
escolher a facção a qual fará parte pelo resto de sua vida, ela acaba indo para
Audácia, onde ela passa por uma serie de testes cruéis para que possa se tornar
membro daquela facção. Em meio a tudo isso, ela conhece o seu misterioso e
aparentemente letal instrutor, Quatro.
“Eles dividiram em facções que pretendiam erradicar essas qualidades
que eles acreditavam serem responsáveis pela desorganização do mundo. Aqueles que culparam a violência formaram a Amizade. Aqueles que culparam
a ignorância se tornaram Erudição. Aqueles que culparam a desonestidade criaram
a Franqueza. Aqueles que culparam o egoísmo fizeram a Abnegação. E aqueles que
culparam a covardia formaram Audácia.”
Apesar de ter muitos momentos de adrenalina, boa parte do
livro segue num ritmo uma pouco mais lento,
focando-se apenas no treinamento e testes dos iniciados na Audácia
depois da escolha. Além disso, os primeiros capítulos seguem um caráter
didático, mostrando-nos os aspectos desta sociedade. E por incrível que pareça,
isso não o torna enfadonho, pelo contrário, te deixa instigado a querer saber
cada vez mais, até que no último quarto do livro, o enredo fica claro e
finalmente engata no acelerador, nos brindando com muita adrenalina e
acontecimentos te prendem até a última pagina.
Se você não gosta de ver seus personagens preferidos
morrerem, então fique longe de Divergente, porque Veronica não se importa em
matar personagens quando necessário. E nisso parti meu coração algumas vezes.
Me identifiquei muito com a protagonista, que mesmo com seus conflitos internos
agrada muito ao leitor. Quem nunca se sentiu deslocado, querendo a todo custo
provar se capaz de se encaixar e algum lugar? Quem nunca teve dúvidas sobre
quando ser egoísta ou altruísta, e quando esses sentimentos demonstram fraqueza ou coragem? Quatro é misterioso
e aparenta uma rigidez que aos poucos vai se descontruindo, mostrando que mesmo
numa pessoa forte e destemida, existe fragilidade e medos. Ambos não deixam de
ser interessantes, mas ele consegue se o que mais chamou a minha atenção. Além
deles, é possível encontrar personagens carismáticos e outros odiáveis.
Quanto as questões sociais típicas a livros desse gênero, as
discussões e reflexões mostram-se mais internas, do que externas. Nos deparamos
com uma sociedade em que cada grupo tenta extinguir dentro de si aquele
sentimento adverso a sua respectiva facção, mas com o tempo fica claro que não há
como viver com apenas uma destas virtudes, ou
então sendo totalmente virtuoso.
Isso se manifesta na própria Tris, que por ser divergente carrega consigo, não
só coragem, mas também inteligência, amizade, altruísmo, e por que não
honestidade? Outros pontos são abordados como corrupção, violência gratuita e
até mesmo, assédio moral e sexual.
Sendo assim, eu recomendo a leitura de Divergente com louvor,
pois além de bem escrito, o livro é útil não só para a distração, quanto para algumas
questões sociais e psicológicas. E muito
em breve eu posto a resenha da continuação, Insurgente, que começarei a ler ainda
hoje.
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